terça-feira, 9 de agosto de 2011

Lenta vida



Meu andar vagaroso
à mostra
serve como refúgio
da hostilidade
que flutua pelo mundo
seminua
e me estapeia sem pudor
me despe, me desfaz
e que torna-me outro
a quem um dia
nunca me pretendi

Minha defesa
inexpugnável
me faz fugaz
torna-me rapaz

Então viro até poeta
pinto ao menos uma reza
às vezes, faço preces
mas nunca, nunca não...
morro com medo




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