Lá na minha terra
terra da madeira
gaiato não bobeia
passa a mão na lama
entrega pra galera
o que já foi
um dia, uma hora
de quem sua
Lá pelas tantas
malandro é obeso
rico em fortuna
faz do seu feudo
uma loucura
afortuna-se em pobrezas
Lá por onde vivo
há quem se sinta legal
cheio de papel nos bolsos
cheio de alento nas almas
vive às custas dos honestos
surrupia de quem mais protela
Mas aqui onde vivem todos
não existem malfeitos
daqueles de horrorizar
daqueles de amargurar
Aqui vivem os altruístas
aqueles que
filantropicamente
aventuram-se em dar
aos que precisam
tudo que há de haver
Só aqui...
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